Literatura e Sociedade N.17 (2013)

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Literatura e Sociedade N. 17 (2013)

 

A Revista Literatura e Sociedade está disponível online no Portal de Revistas da USP. Confira o conteúdo completo deste número, acessando nossa página: http://www.revistas.usp.br/ls/issue/view/6160

 

EDITORIAL

Este novo número da Revista Literatura e Sociedade, editada desde 1996 pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP, completa o período de transição da revista para uma forma de publicação híbrida, com a edição física de 200 exemplares, a serem distribuídos aos autores e bibliotecas, e uma simultânea edição eletrônica, que seguirá os elevados padrões editoriais do Portal de Revistas da USP (http://www.revistas.usp.br/wp/), onde a revista ficará disponível para o público leitor, a partir de 2014.

            Com a nova periodicidade (a revista passa a ser semestral, com o objetivo de acelarar o fluxo da publicação de dossiês e ensaios, devidamente avaliados em duplo cego por membros do comitê editorial e colaboradores externos) e com a nova forma de publicação, a comissão editorial acredita estar ampliando o alcance dos pressupostos e objetivos que nortearam a Revista desde a sua fundação: a difusão de ensaios acadêmicos de alta qualidade, com contribuições efetivas para a pesquisa na área de teoria literária e literatura comparada; a recuperação de textos clássicos e a tradução de referências bibliográficas fundamentais; a publicação de entrevistas com nomes expressivos da crítica e das letras contemporâneas; e a documentação, em dossiês organizados por docentes do Departamento, do debate crítico sobre temas abordados pelas diversas linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária e Literatura Comparada.

            O número 17 de nossa Revista, correspondente ao ano 2013, traz dois ensaios  internacionais inéditos: um estudo de Filomena Serra, professora da Universidade Nova de Lisboa, sobre a recepção dos Ballets-Russes na cena modernista de Portugal; e uma palestra de Dorothy Hale, professora de Stanford, discutindo questões teóricas do romance a partir de uma obra fundamental de Henry James, "Pelos olhos de Maisie”.

O dossiê deste volume, a cargo do Prof. Fábio de Souza Andrade, tem como tema a obra de Samuel Beckett, e traz artigos de cinco pesquisadores brasileiros que abordam, sob perspectivas teóricas diversas, momentos relevantes da obra do grande autor irlandês. Fruto de trabalhos apresentados no I Colóquio Samuel Beckett, promovido pelo Grupo de Pesquisa Estudos sobre Samuel Beckett USP/CNPq em outubro de 2013, o dossiê recobre tanto a produção mais celebrada do dramaturgo e prosador irlandês —  caso de artigos dedicados ao coração de sua obra dramática, Esperando Godot, e a sua complexa prosa final, representada por Companhia —, quanto aspectos menos conhecidos da sua recepção teórica e criativa, levantados pela análise da leitura d’O inominável que Theodor Adorno deixou em esboço e por exames da relação beckettiana seja com a filosofia de Deleuze, seja com os vídeos e instalações de Bruce Nauman.

A seção Depoimento publica duas entrevistas com a poeta, tradutora e professora portuguesa Ana Luísa Amaral. Convidada pelo Departamento para uma série de palestras e leituras de sua obra, a poeta lançou no Brasil o livro Vozes (São Paulo, Iluminuras, 2013) uma coletânea de sua extensa e premiada obra lírica, que já se tornou objeto de estudos e debates também em nosso país.

Na seção Rodapé, a Revista homenageia Pierre Rivas, Professor Emérito da Universidade de Paris X, Nanterre, na área de Literatura Comparada, especializado nas relações culturais entre França, Brasil e Portugal. Autor de importantes artigos e livros sobre os “diálogos interculturais” entre a literatura francesa e os países de língua portuguesa, o Prof. Rivas conquistou a admiração de seus leitores, colegas e alunos brasileiros, e nos honrou com a publicação do texto original, em francês, de dois ensaios inéditos.

Inauguramos, portanto, uma nova fase da Revista Literatura e Sociedade,  agora sediada no Portal de Revistas da Universidade de São Paulo, esperando fazer justiça à tradição de seriedade, sensibilidade e crítica que marcou os volumes anteriores, e continuar a merecer o reconhecimento que a Revista obteve entre os leitores, pesquisadores e instituições da área de Teoria Literária e Literatura Comparada.